terça-feira, 16 de dezembro de 2014

* * * April, 20th, 2014 our Easter Sunday * * *

          E amanheceu o dia de Páscoa...Um domingo de sol, céu azul e que prometia ser perfeito. Na noite anterior, depois que a Pietra dormiu, colocamos a cestinha dela com alguns chocolates ( um ainda está por aqui, intacto hehe) Ela fez um cartão de Páscoa para o coelhinho, e ele se encontra devidamente guardado pela mamãe coruja. 
          Acordamos cedo e ela ficou muito feliz quando viu a cesta com os chocolates. E mais ainda quando viu que o coelhinho pegou o cartão! Descemos para tomar o café e já nos organizamos para nosso tour. Não falei dele, né? Então, quando fechamos o hotel, estava incluso um tour para as ruínas com uma guia. Optamos em fazê-lo no domingo e foi perfeito! 
          O grupo se reuniu no hall e no horário combinado ( 09:30) começamos o passeio. Foi uma caminhada até chegarmos ao sítio ( não sei definir em km, nem dizer se foi curta, média ou longa pq tudo é relativo mas diria que, para nós, foi uma caminhada curta!) e não adianta...me chamou demais a atenção ver uma senhora com sapato de salto alto E fino, toda arrumada, caminhando entre pedras, ervas e grama. Todo mundo estava esportivo, com tênis, abrigo, ou calça jeans e ela lá...Estranho, viu??
           Durante essa primeira caminhada a guia quase não falou e seguimos até a entrada do parque. Paramos para esperar um grupo mais atrasado e a sessão de fotos começou. Impossível não se encantar pelo lugar! A energia de lá é indescritível. Esse tour com a guia foi muito legal pq passamos por várias partes das ruínas ( cozinha - dormitórios - casas) e ela ia nos explicando como era a rotina dos índios na missão. O que nos chamou a atenção foi que no momento em que as famílias indígenas tentaram de virar por conta, cada um cuidando de sua vida, foi quando as missões decaíram. Antes, tudo era coletivo. Todos trabalhavam para todos, o que um plantava era dividido entre todos, quem cuidava dos animais compartilhava com todos o resultado e a missão era um exemplo. Comentamos que até nos dias de hoje essa lição é verdadeira, pois olhamos o nosso umbigo e muitas pessoas acham um absurdo quem compartilha ou ajuda os outros, por mais simples que a ajuda seja. Será que não deveríamos aprender algo com esses índios 'simples' que viveram a tantos anos atrás?
            Passeamos muito! Tiramos muitas fotos! Ouvimos muitas explicaões. Vimos um 'museu' a céu aberto, de obras esculpidas em troncos de árvores..liiindas Para muitas pessoas o que vimos são apenas 'amontoados de pedras' mas quando paramos em frente às ruínas de São Miguel, as maiores que restaram, e olhamos para cima, vemos a complexidade de cada detalhe e pensamos a quanto tempo foi construído, impossível não se impressionar. Tudo é perfeito! A arquitetura e os detalhes. Algumas pedras sao gigantes, pesadas. Como elas eram içadas? Como eral colocadas em seu devido lugar? Todas essas máquinas que temos hoje, os índios não tinham. Força pura? Ajuda divina? Os dois? Só Deus sabe! Talvez por isso me impressione tanto. É perfeito, é lindo, é maravilhoso!
          Caminhamos mais. A Pietra estava livre, leve e solta pois os perigos são muito controlados. Enquanto ela corria, eu tirava fotos e o Fábio ficava perto dela. Depois trocávamos de posição. Ela ouviu, atenta, todas as explicações. Ao final do passeio, visitamos o Museu Sacro que tem lá. São obras ( ou resquícios) de obras feitas por índios ou por jesuítas na época das missões. Peças lindas, com suas características próprias. Esculturas em madeira ( inclusive um santo do pau oco - e descobrimos a origem dessa expressão tão conhecida - ), artesanato em barro, obras simples, outras com riquezas de detalhes lindíssimos. Vimos sinos da época, em bronze. Deveriam pesar muuuito! Na saída, visitamos uma pequena feira de artesanato dos índios que ainda moram lá. Sim, existem índios que dormem nas ruínas! Eles são os únicos autorizados a isso. 
          Saindo de lá, seguimos algumas quadras a mais e encontramos o Ponto de Memória Missioneira, um local onde os habitantes locais preservam a história da cidade, com ênfase para o cultivo da erva- mate e agricultura da região. Quando chegamos ao local, estava acontecendo um ritual com o restante do nosso grupo e outros visitantes. Nesse ritual, uma tocha com fogo passava de mão em mão ( inclusive da Pietra) simbolizando a união das pessoas e no final, representantes de quem estava lá fizeram uma oração de agradecimento. Foi beeem legal! Como chegamos atrasados, enquanto o grupo ia embora, nós fizemos o caminho contrário. Entramos e visitamos o local. É simples, com pouco espaço, mas com várias atrações: formas de fazer o chimarrão, um pilão para moer a erva, vários grãos cultivados pelos índios, além de várias esculturas. Tudo muito simples, mas bem representativo de como eles eram.
Tiramos várias fotos, especialmente em frente à cruz missioneira ( já falei que me apaixonei por ela??) 
          Já tinha passado do meio-dia, uma menina estava ficando irritada por causa da fome. Voltamos ao hotel ( uma caminhada legal!) e almoçamos no restaurante do hotel. E claro, a tarde prometia. O que será que fizemos?

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